Butterfly

Dejavu

 

Como uma espécie de looping as dores visitam. Um dejavu sombrio de uma época em que se daria a vida para esquecer. Porém, segue os dias rápidos, mas os passos lentos do massacre ainda retornam. É como se torcesse novamente o punho e doesse, latejando mais uma vez.

 

Já disseram que deveria ter esquecido, porém, o cérebro é uma montanha misteriosa e necessária escalar. Um dia não restará mais nem  fumaça de todo o acontecido, mas há tantas dúvidas e questionamentos ainda que é preciso caminhar e caminhar até esgotar todas as frestas daqueles macabros e intermináveis dias. 

 

As emoções são arestas particulares e não adianta intervenções e olhares julgadores, e não se tratando de vitimismo é preciso encarar os fatos, as realidades como realmente foram. 

 

Cada um tem o seu tempo, e quem machucou talvez nunca ou jamais se arrependa da fato, enquanto o outro lado se esvaiu completamente em dor. 

 

A irresponsabilidade sobre o sentimento do outro é como um iceberg frio que faz tremer o oceano da alma de alguém.

 

Um dia, as janelas e as gaiolas estão simultaneamente abertas, e assim, todas as borboletas  aprenderão a voar outra vez.