Fui durante muito tempo,
um alimento para as sanguessugas;
Que me colocaram num perigoso julgamento
e sujeita a pontos de fuga.
As sanguessugas só servem para exterminar;
Fazer da minha vitalidade o seu bem-estar;
Ainda bem que dei conta da sua presença;
O cansaço livrou-me de uma pesada sentença.
As sanguessugas não gostam de assumir responsabilidades;
Fazem do vitimismo a sua vaidade.
Por muito tempo inocentei a sua fraqueza;
Está na hora de investir na minha urgente riqueza.
As sanguessugas não gostam de admitir embaraços;
Fazem das desgraças alheias o seu terraço;
Elas não foram feitas para navegar em altos mares;
Reclamam de vidas que exigem altos patamares.
As sanguessugas são indefesas na sua luta;
Não precisam de muito para a sua recruta;
Eles fazem de tudo para me arrastar no abismo;
Tornar-me uma ingénua cúmplice do seu egoísmo.
Não quero mais compactuar com sanguessugas,
pois hoje reconheço o meu lugar.
Cicatrizo todas as feridas e as verrugas,
para tornar a minha casa um centro de bem-estar.