Quando eu digo que o céu é cinza,
Você diz que ele é azul.
Quando eu clamo pela quietude,
Você busca o turbilhão.
Quando eu vejo fim,
Você encontra começo.
Quando eu abraço a noite,
Você exalta o dia.
Quando eu clamo por pausa,
Você anseia movimento.
Em nossas noites de silêncio,
Caminhamos em vidro quebrado,
Palavras como mar de espinhos,
Espalhando dor e mágoa,
Desenhando cicatrizes no ar.
Nossos dias, noites sem estrelas,
Nossas vozes, ecos distantes,
O que éramos se perde na sombra,
Nossos passos hesitantes,
Desmoronando em direção ao vazio.
Esperamos por um amanhã,
Onde o sol ou a chuva decidirão,
Se nossos corações ainda dançam,
Ou se o vento levará embora,
O que resta de nós.
Mas talvez, entre as tempestades,
Nosso amor encontre abrigo,
E o arco-íris finalmente brilhe.