Entre suspiros e ais
Vivemos nós, os poetas,
Nós sempre queremos mais
Deixamos portas abertas,
Para o fogo das paixões
Para o perfume das flores,
Para sonhos e ilusões
E a beleza dos amores.
Estamos sempre a sentir
As dores de todo mundo,
E tendo até que fingir
Às vezes que, num segundo,
A tal tristeza nos pega
Maltrata de qualquer jeito,
Para um poço nos carrega
E lança flecha em nosso peito.
Depois olhamos pra Lua
Que brilha no infinito,
E o vento que vem da rua
Parece entoar um grito
Que é para nos dar coragem
De continuar sonhando,
Levando a nossa mensagem
A alguém que está amando! ...
(Maria do Socorro Domingos)