A porta estava entreaberta
Uma leve brisa entrava
Vi e lembrei da última vez que passaste por ela
Uma tristeza invadiu meu peito
Tentei fechá-la, mas não consegui
Então a saudade bateu à porta
Olhei para trás e vi uma fresta
Pensei que fosses tu
Era apenas respingos de chuva.
Começou a fazer frio
Bateu a vontade de te abraçar
Por que não fechar a porta?
Escuto meu coração
Bater apressado e urgente
Quando ouço teu silêncio
Te querendo sem querer
Cansado de sofrer.
Mas agora é hora
Dessa chuva passar e ir embora
Mas ela não quer passar
Será minha saudade que chora em silêncio?
Só escutando os respingos ao vento?
Será que fica mais triste ao esperar
Por alguém que nunca vai chegar?
E continuar com a porta aberta?
E a porta entreaberta me lembra
Dos momentos que não voltam mais
Mas ainda guardo a esperança
De que um dia o sol voltará a brilhar
E que a chuva de saudade
Se transformará em suave lembrança
Que acalma o coração ferido
E cicatriza a dor da ausência.
26 jun 2024 (14:00)