De que vale o homem ganhar o mundo inteiro,
Ter riquezas, poder, e o céu por inteiro,
Se no espelho da vida vê-se alheio,
Perdendo a essência, seu ser verdadeiro?
Vale ouro ou prata a paz do coração?
O brilho da glória compensa a solidão?
Que lucro há em tamanha ambição,
Se ao final resta a dor e a perdição?
O homem que busca o ouro sem alma,
Perde no caminho a sua calma.
E nas noites frias, o que o embala?
Senão a angústia, que não se cala.
De que vale o mundo em suas mãos,
Se perde a alma nos vãos vãos?
Maior tesouro, o amor em grãos,
Em cada gesto, em corações irmãos.
Ganhar o mundo é sonho vão,
Sem alma, é pó, é ilusão.
Que o homem busque a redenção,
No amor, na fé, na compaixão.