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O aprendiz

Aos dezessete

Aos dezessete , a juventude me sorria
Mostrava-se amiga, fiel e verdadeira
Dava-me o braço e eu, tôlo, cria
Que ficaria comigo a vida inteira
O tempo passa e sem
Que me desse conta
Um belo dia eu me vi sozinho

Hebe* por mim  passou ! E com ela foi-se o vinho

Portanto creia , Arthur  meu filho amado
Põe teus ouvidos no que  digo
Pois diferente não será contigo
Viva -a, mas a disfrute com saber
Pois ela não só é feita de prazer
E do modo que a viveres
Ela te mostrará o que é dor
E o que são prazeres
Ame-a pois ela agora é tua amiga
Beije-a enquanto ela tem vida
Use-a como sábia conselheira

E te lembrarás dela
Com amor por tua vida inteira.

 

* Do poema O vinho de Hebe de Raimundo Correia.