No palco da vida, um ator secundário,
Sangra em silêncio, um sacrifício diário.
Valoriza os outros, aplaude com fervor,
Mas esquece de si, um eterno espectador.
Coração altruísta, em compaixão se envolve,
Mas quando se trata de si, a voz se dissolve.
Sangra, mais nem tanto, na sombra se esconde,
Na dor dos outros, a própria dor responde.
Eleva os triunfos, celebra a vitória,
Mas na sua história, omite a própria glória.
Sangra por dentro, mas sorri por fora,
Na arte de doar-se, a si mesmo ignora.
Mas lembre-se, oh alma, de valor imenso,
Que o amor próprio não é um peso denso.
Sangra, mais nem tanto, comece a se ver,
Pois no teu reflexo, há tanto a reconhecer.
Valorize-se tanto quanto aos outros valorizou,
Pois no teu palco, a estrela sempre brilhou.
Sangra, mais nem tanto, e permita-se curar,
Pois ao se amar, ensina o mundo a te amar.
By Lunix.L