Nas sombras da noite, meu coração chora,
Lágrimas silenciosas, sem fim, sem aurora.
No eco vazio de um passado desfeito,
Perdido em memórias que o tempo despeito.
A solidão dança em meu peito vazio,
Um lamento sussurra, um eterno frio.
Caminho nas ruas, sem rumo, sem luz,
Perdido num mundo que me conduz.
O céu, uma tela de cinzas e dor,
O vento murmura segredos de horror.
As estrelas, testemunhas do meu desalento,
Brilham distantes, em eterno lamento.
Ah, triste sina, fado cruel,
No teatro da vida, um papel sem papel.
E assim sigo, na tristeza imerso,
Esperando o dia em que encontre o verso.
22 jun 2024 (13:46)