Que dia feio
que dia triste
que afugenta e assusta
o deus nos acuda das algazarras
Dias feios acinzentam
o encardido cinza das cidades
e é quando os passarinhos
não voam e nem cantam
apenas se escondem do frio
Que dia feio
que dia tristonho
que expulsa as formigas das calçadas
por não quererem se afogar ensopadas
Nos dias feiosos
o céu se torna grisalho
a manhã se faz esquisita
os minutos duram lentificados
e até as nuvens ficam gripadas
Porém
são nos dias feios
lagrimosos e encaramujados
que me retraio para dentro
afim de me amornar com o sol
que trago no interior aquecido de mim