Mais um poeta vivendo nesse mundo em guerra,
Onde a esperança se dissipa como a névoa na serra.
A poesia é seu refúgio, sua arma de luz,
Para iluminar as sombras que a violência produz.
Com a caneta na mão, ele enfrenta a batalha,
Versos como balas, cada linha é uma navalha.
Em cada estrofe, um grito, um clamor por paz,
Numa terra onde o ódio, de amor se desfaz.
O poeta, guerreiro de sonhos e de rimas,
Navega entre destroços, procura novas cimas.
Em meio ao caos, seu coração resiste,
Pois sabe que a beleza, mesmo em dor, persiste.
Enquanto o mundo explode em fogo e rancor,
Ele planta palavras, colhe um jardim de flor.
Na luta incansável de um futuro a se fazer,
O poeta não desiste, pois precisa crer.
Crer que o amanhã pode ser diferente,
Que a poesia pode tocar a mente.
Mesmo em guerra, a poesia é um canto,
Que transforma o lamento em doce acalanto.
E assim, mais um poeta segue seu caminho,
Em meio à tempestade, ele cria seu ninho.
Numa guerra sem fim, seu verso é abrigo,
Pois sabe que na poesia, sempre encontrará um amigo.