Andre Dias

Na trilha com Carlos Drummond de Andrade

Provisoriamente não cantaremos o amor

Cantaremos o medo

Existe apenas o medo

E parece que o hábito de sofrer diverte

 

São tantas as pedras no meio do caminho

Parece que a vida parou

E agora José?

Precisamos recomeçar do zero...

 

O amor bate na porta

É dado de graça

Uma flor nasceu na rua!

Que pode uma criatura, senão entre criaturas, amar?

 

É preciso viver com os homens

É preciso não assassiná-los

Entoar o poema da necessidade de amar

Amar o perdido

 

Confundido fica o coração

Mas não se engane, não há outra solução

É preciso amar as pessoas

É preciso crer em Deus!

 

 

Contém trechos da obra de Carlos Drummond de Andrade.
Carlos Drummond de Andrade (Itabira/MG, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX (Wikipédia)