RECOMEÇOS
No auge da descrença dessa insana vida,
O bardo sucumbe ao nefasto desalento!
Um torpor n! alma, a fala do tempo e do vento
Lhe dizem que a paixão é sempre repetida!
Mas, será mesmo que a existência é sucessiva?
Partimos pro céu e voltamos pro tormento?
Cansado da lida, ele pensa, num momento,
Se tal crença é inata ou é intuitiva!
Se vivi, de verdade, uma vida passada,
Dela revivo o desencanto da jornada,
Trazendo o pó da mesma estrada percorrida!
Se assim for, e se tudo for parte dum plano,
Só me resta viver de novo o desengano
E, mais uma vez, reviver tua partida!