Olhando no espelho
Vejo um demônio
Em meu reflexo
Semelhante um aviso
Para perceber
Os falatórios de mim
Nem tudo é como dizem
Nunca quis machucar alguém
Nem mesmo odeie o mundo
E sim, todas às vezes
Odeie meu próprio eu
No passado e presente
Então, neguei as fraquezas
Acima da minha vontade
Sou fraco, mas falam
Que nunca fui assim
Era rígido e frio
Uma parede de rochas
Certo, boatos por ações fúteis
Dos outros, inconsciência
E agora, minhas mãos
Estão sujas de sangue
A morte não me assusta
Nem um pouco
Talvez...
Essa é a realidade
No fundo, tentei, mas falhei
Chorar, gritar e lamentar
Não adiantava mais
Estava me livrando
Dessa dor, desses hematomas
Que minha alma carrega
Por todos esses anos...