Quando teus lábios, da frígida morte
Recebem o doce e intricado beijo
Finda a roleta russa de tua sorte
“Nada” segue após o fremido aleijo
Precedido por sonho... e pesadelo
Na última evolução do mundo
No último instante quiçá entende-lo
No último caro e profundo segundo
Olhas a ampulheta e questiona
Onde esteves enquanto nesta areia
Raso à revelia... o tempo escorria
Assim que a ilusão seu véu desnuda
Sabes que não plantou uma só muda
Num mundo em inelutável destona