Oh, preta, tu não poderias ser melhor, não poderias ter o corpo mais desenhado, lábios doces como candy cane, lhe tocando meu corpo não teme, meus lábios movimentam, sua perna treme.
Tu és meu palco, em ti sou espetáculo, entre tuas coxas pinto meu quadro. Tão atrapalhado, as tintas molharam a cama, em tua face um sorriso ofegante, enquanto meu nome clama.
És uma chama tão profana, o calor encarnado, filha da tentação, nos tornamos o próprio pecado, a chama e escuridão. Olhar homicida, ardente, no prazer incendeia meus olhos frios e mortos, na paixão incinera minha mente.
Oh, preta, tu vieste do sol, és a ênfase no vácuo escuro, de fato a luz que tanto procuro. Em ti faço baía, ou talvez lagoa, lhe navego em embarcações, ou em canoas? Só me convém que serás minha posse, minha vontade é mesquinha, oh, preta, vou garantir que você seja minha.