A solidão do peito e da alma trazem sua esperança no dia
E na noite
Há a indecisão que não facilita
A confusão da mente é tardia
Mas a esperança é como se fosse gasolina
Alimenta a alma até a última gota
E pode ser inflamável
Alivia as dúvidas
E traz mais confusões
Acalma corações
Traz guerra aos homens sem ter motivo
Cria inimigos nunca vistos
Isso nunca passa
Quem é o cara dessa charada?
Ele é incolor
Mas não é água
Tem gosto, mas às vezes é potável
Às vezes incurável e incompreendido
É difícil saber quem é esse tal peregrino?
Indivíduo que não desgruda
Nem se usasse força bruta
Paradeiro que não tem destino
Mas tem futuro clandestino
Transparência que não se vê
Ou são as mentes confusas ?
Ou são astutas?
Ou impuras?
O nada virou tudo
E o tudo passou a ser nada
Mas cara
Valeu a pena dar a cara tapa
Para descobrir esse cara?
Ou o final foi o mesmo
Com aquela dor no peito
Mas do que estamos falando mesmo?
Ah sim!
Do ser que arde
Mas não sente
Que vê e não enxerga
Mas nesse terra
Alguém vê?
O cego olha
E na calada da noite chora
O velho lê
E no amanhecer
Pede pra ter
O que?
Tudo
Muito do tudo não é nada
Mas o nada se torna o tudo
E tudo que já foi
Hoje não é nada
Mas
Sobre o que é essa poesia ?
Talvez sobre a alegria?
Que irradia o nosso dia
Ou a solidão ?
Que traz ausência no nosso coração
Mas entre eles
Qual é a interseção?
Faz-se uma aposta
Para achar a resposta
Assim tornou mais um poema bosta.
- Poeta Quimérico.