Victor Hugo Zanelli Bento
A juventude
A arrogância precede a inocência daquele que ainda está por vir
A névoa se agarra a incerteza
E a máquina caça-níquel transporta a falsa clareza
De uma mente incerta e confiante
E o sol se põe atrás dos prédios
A venda é a única afirmação do revólver , que dispara
Nesse mar tumultuoso da vida
Ela se alimenta de sua fantasia
Ele se alimente de sua própria antropofagia
E o sol , onde está ?
E as paixões de devaneios ?
São como o líquido raso que sobra no fundo da caneca
Agora a névoa cobre-nos , em uma agradável valsa
Onde já não sabemos onde pisamos
Mas de nada importa , perdido na dança
A atenção se concentra , como um feixe de luz
Que foca no ator principal , no meio do palco de um clube de striptease
A juventude
É como um rádio não sintonizado
Já não sabe mais se toca as melodias eruditas
Com uma venda verde francesa clássica
E com uma certeza gritante e insegura
Avanço para o sol !