Nelson de Medeiros

ELA...

 

Eu sinto aquele amor de tempos idos,

E, na mente inda vejo o rosto dela!

Amor inocente, paixão singela

De liames, penso, no céu tecidos!

 

Nunca senti emoção como aquela!

Nem nos amores mundanos vividos

Que se foram no tempo, esvanecidos...

O próprio arrebatamento era ela!

 

Beleza invulgar! Meu beijo primeiro!

E como alavancou o meu roteiro

Aquele beijo prenhe de ternura!

 

Eu queria tê-la em minha existência...

Não a tenho... Dela só a essência,

Dum amor singular que inda perdura!

Nelson de Medeiros