Acordei hoje só querendo ser outro alguém,
Que não fosse o que você moldou em mim.
Entre o que fui e o que não sou mais também,
Resta a lembrança do que fomos, de quem eu fui, triste fim.
Você me destruiu, mas com beleza e poesia,
Levou meu amor e minha paciência junto.
Eu era melhor? Eu sou? Essa agonia,
De não saber se sou o que você queria me destruiu.
Mas no meio dessa bagunça que ficou,
Tô tentando ser o melhor só pra mim.
Se você visse, teria orgulho do que deixou?
Da destruição que fez e de como me reinventei assim?
Entre os escombros dos sonhos quebrados,
Há uma melancolia que não se desfaz.
É a saudade do que fomos, dos abraços,
Da felicidade que se foi e não volta jamais.
Vou escrever aqui, vai que você passa para ler.
Com carinho e melancolia,
Juan Guilherme (Alaska)