Ando da cara feia,
franzindo a sobrancelha
ao escutar o teu discurso grafino
que só é rebuscado, ortografia
de um português colonizado e sem
responsa com a palavra que
exerce no período de alfabetizado.
De lá do teto, eu pego a visão
com o suor pingando no rosto,
temos alturas divergentes para
ocupar esse minúsculo
posto de uma consciência mal
instigada com teu pensamento.
Eu digo que o não faltou
planejamento para pegar um
calibre 38 e marcar o
meu corpo com a
pele alva e
pele alvo.
O meu cabelo transmite
a minha condição em forma de
denúncia e não tenho vergonha
da minha cultura.
Eu acordei igual a Ícaro
querendo voar alto, mas
lembrando o cuidado
para não chegar perto do sol e
propagar um incêndio.
Esse ódio no peito enrugou e
deu gás no combustível para o
movimento. Não registrei rostos,
as feições padronizadas no horário
mais insalubre e a negligência da
ideia de pertecimento.
Forasteiro do próprio
conhecimento, só quero ser um
filho da maldade das ruas.
- Você está com febre?