Em alguma vez, olhei para o céu, e perguntei
\"por que pássaros voam livres e a gente não?\"
Da vida então recebi um sermão
E por fim finalmente me calei
Afinal, qual o preço de ser escravizado?
Mas eu sempre pensei que gaiolas fossem físicas
Nossa mente sempre prova o contrário
Vivemos num milharal como espantalhos
Acorrentado por correntes ilícitas
Correndo liberto por se dizer entrelaçado
É diferente porque aves não tem consciência
Então é disso que nos faz um pecador/perdedor
Tolos e fúteis, se dizendo historiador
Para os nobres fazendo reverência?
Achei que era pelos mendigos cobiçado
Poderei enxergar um sequer exemplo
Por que trair sem querer amar?
Deixo de me tornar indulgente quando não quero perdoar
E me refutam \"da liberdade vivo como espeto\"
Desde ja, nas mágoas me vejo enraizado
Já não quero mais cordas de aço
Talvez os humanos um dia saibam
Do cadeado imaginário se abram
E me tirem do braço esse fardo
E no fim, os versos não rimam