Ema Machado

Na ampulheta...

   

O tempo escorre, esvai-se...

É fumaça ao sopro do vento

É ampulheta a despejar horas, minutos, segundos

A vida é a areia a esmo, escoa sem saída...

Anseio mais...Mais que acompanhar essa corrida

Nela, não há tempo para muitos sentidos

Além das horas que consomem teu viço

Tua juventude é primavera

Ao longe, o aroma de flores

Sutilezas dos amores, como o beijo fugaz...

Não há mais pudores, nada é proibido

E nada, satisfaz...

Onde foi morar o amor verdadeiro?

Poucos encontram seu endereço

Ou, não o buscam mais...