Do tempo a sua face é a vitrina,
Pois é fatal a vez do envelhecer.
Seu semblante persiste na ruína
Do esplendor que um dia achou-se a ter.
Quão belos os sorrisos que a divina
Carnosa boca tinha a oferecer...
Sua sensualidade fora a mina
De supostos prazeres a conter...
Hoje o rosto de rugas clama a idade,
O olhar de brilho baço traz-lhe o selo
De perdidos arroubos de vaidade.
E sem suspeita, permanece em zelo
Qu\' em ordem tudo está...nem desconfia
Que pelas vestes magra fora um dia.
Tangará da Serra, 28,/05/2024