Eu sou como o vento
Que voa a deriva
Talvez eu seja como a caneta
Porém com tinta infinita
Talvez eu seja uma poeta
Ou talvez eu tento ser
Eu sou a própria versão
De alguém que almeja vencer
Entre ser e está
Eu prefiro viver
Pois eu já sou alguém
Que já está a aprender
As vezes me canso de mim
As vezes me amo sem medida
Talvez eu seja uma grande mulher
Ou talvez uma simples menina
Pra falar a verdade
Já não sei quem sou eu
Quem sabe algum dia eu me encontre
Nesse ser que se perdeu
Ah! Se a minha caneta falasse
Ela diria coisas infinitas
Viveria tagarelando
Fofocando sobre minha vida
Talvez eu seja sim uma poeta
Pois minha mente é uma máquina
Mas ela também é trassoeira
Do nada eu penso em tudo, ligeiramente em nada
Sim eu sou uma poeta
Também posso ser o que for
Posso também ser pintora
Pra colorir esse mundo sem cor