Bela flor

A Morte da Bela flor

 

Gotas de amor se esvaem

Águas dos meus olhos jorram

Despedaçado ficou meu canteiro

Pois, não cuidastes mais o jardineiro 

 

De canto fiquei, tornei-me uma qualquer 

Mais uma velha e esquecida flor

Tentando sobreviver, repartindo o seu amor

Com milhares de outras flores que no canteiro brotou

 

Minhas pétalas estão secas

Tristes e abatidas

Pois, sente que o jardineiro 

Já assumiu sua partida

 

Ficarei nesse galho, seco

Sozinha, sem mais brotar 

Queria mesmo ser podada

Talvez a dor iria cessar... 

 

Sigo minha sina

Nessa vida passageira

Uma hora a flor é Bela

O tempo passa e fica feia...

 

Murcha, esfarelando

Seu néctar virou escassez 

Raízes morrendo aos poucos

Ou quem sabe morri de vez!