Será que a gente só é o pó e nada mais?
Sei lá, só sei que as contas do Rosário são demais.
No meu passeio aqui na terra,
Quero me afastar das trevas.
Mas, anos, enganos e desenganos,
Não me deram corda pra amarrar as ideias.
Soltas, prendem meus passos, meus planos...
Sigo sem entender a odisseia,
Sem pôr as coisas em seus lugares,
Moendo e remoendo pelos mares.
Continuo sem pôr os pés em uma linha
E sem pressentir se minha alma caminha.
Assim, sem me achar me acho torto,
Meio oco, respirando no sufoco.
Mas nesse barco perdido no mar,
Eu vou é deixar pra lá
Tudo que não possa vir pra cá
E esquecer os meus planos e todos os planos
E me livrar da agitação do oceano.