Odalila Sousa

Palavras perdidas de um Poema

Ainda lembro quando eu era completo,

De quando as palavras se tornavam versos.

Cada estrofe eram um canto belo,

As rimas era expulsões de processos.

 

Eu me sintia como um barco no mar,

Mesmo que eu não vê-se terra a vista.

Mas, eu amava o som de navegar,

Podia ser simples mas, era lá onde eu queria está.

 

As linhas era como o Sol,

Mesmo que demorasse aparecer.

Cada uma brilhava como um imenso farol,

E sempre os achava no amanhecer até o entardecer.

 

Eu era como a Lua,

O Sol era como a inspiração que me fazia brilhar.

Cada palavra era pura,

E hoje não consigo achar.

 

Eu era como as canções, 

Com Dó, Ré, Mi, Fá.

Eu era como as estações,

Mesmo preferindo só uma delas.

 

Hoje estou raza de palavras,

Estou raza de sentir.

Estou raza de pensar,

Estou raza de sorrir.

 

Quem me dera ser completo novamente,

Ser o que eu realmente era.

Hoje sou palavras perdidas de um poema,

Será que assim seria uma sentença?

 

As vezes eu tento me achar,

Mas, eu me perdo só de me procurar.

Será que sou um mapa sem rumo?

Será que eu sou realmente desse mundo?

 

As palavras tropeça,

As rimas se torna versas.

O pensamento fica em uma praça,

A alegria em uma caixa..

 

Por que eu virei palavras perdidas?

Por que eu era um poema?

Por que eu virei poeta?

Talvez me perder fez eu encontrar palavras, pensamentos e sensações belas.