Sued Sarkis

De novo

 

 

O sol já se escondeu atrás do dia

que não vivemos,

Sabor de nada, na boca que não conheceu os teus beijos

E meus braços desocupados

Do teu corpo e do teu aconchego.

 

Onde te perdi afinal?

Ontem mesmo corrias descalça e sorridente,

sobre as linhas dos meus pensamentos,

Tramando maneiras de me beijar sem me tocar, atiçando meus desejos e sentidos…

 

Onde te escondes,

Quando abro meus olhos para te alcançar

Com a minha alma, já que minhas mãos

Estão privadas de tal prazer?

 

E o que foi feito do teu perfume de primavera, que me foge ao olfato agora,

E do ruído doce e cintilante dos teus sorrisos, tão vívidos em minha mente,

Antes que eu acordasse?

 

O ocaso do dia, mais uma vez

Apagou nosso caso

Não vivido,

De novo!