O sol já se escondeu atrás do dia
que não vivemos,
Sabor de nada, na boca que não conheceu os teus beijos
E meus braços desocupados
Do teu corpo e do teu aconchego.
Onde te perdi afinal?
Ontem mesmo corrias descalça e sorridente,
sobre as linhas dos meus pensamentos,
Tramando maneiras de me beijar sem me tocar, atiçando meus desejos e sentidos…
Onde te escondes,
Quando abro meus olhos para te alcançar
Com a minha alma, já que minhas mãos
Estão privadas de tal prazer?
E o que foi feito do teu perfume de primavera, que me foge ao olfato agora,
E do ruído doce e cintilante dos teus sorrisos, tão vívidos em minha mente,
Antes que eu acordasse?
O ocaso do dia, mais uma vez
Apagou nosso caso
Não vivido,
De novo!