Por onde caminhas, anjo,
Que tuas asas não vejo
A me cobrir em dias de chuva
Com o acalanto de teus carinhos?
Onde descansas, anjo,
Neste infinito céu que aconchega
Meus olhos com lapsos perdidos de esperança?
Onde se encontram, anjo,
As carícias que em noites frias
Partilhamos no calor de beijos
Reféns de ternura?
Onde, anjo, palpita
O som de nossos corações
Que, em eterna sinfonia celeste,
Escrevia a sublime história deste amor?
Sei unicamente que, perdido em meu ser,
Está a ardente chama
Que faz se eternizar este amor.