Que bela noite fria, lá vou eu, lá vou eu;
sem querer vi você do lado de fora,
fora da casa na mesma calçada.
Essa cidade é tão eu, e eu sou o nada
que amou, eu sou vento que chora,
eu sou chuva que molha meu rosto.
Sou um artista, sou tolo e não consigo
esquecer grande amor, mas não é meu;
eu nunca quis evitar.
Paro, sigo e castigo a mim mesmo,
não cruze comigo na rua, não faça
minhas pernas tremerem.
Me veja e me mate mais uma vez,
de uma desculpa com olhar de pressa,
pois você já vai subir essas escadas.