QUERO CALOR
Joguei a toalha
Joguei tudo, lençóis, fronhas
Cobertores e até mesmo desvergonhas
Enxuguei lágrimas desperdiçadas
Gotas salgadas já não escorrem
Sequei minhas feições tristonhas
Meu rosto está firme,
Minha pele renovada
Nela um banho de água benta
Na minha face e no meu corpo
Uma nova caminhada me espera
Sedenta...
Uma força leva embora minha tormenta
Me renovei, superei, me libertei
Chutei o balde que de água fervia
Quente, escaldante, incandescente
Agora quero paz, amor
Sede de respeito e sabor pela vida
De viver por amor
A quem merece o meu calor
‘Agora quero calor
Tua fraqueza e tua covardia só me deixou a dor
Feridas e duras cicatrizes
Hoje não quero mais
Venci o teu frio
Quero sol
Virar a noite
Amanhecer e me banhar dentro do meu rio’
Vlad Paganini