Liberta-me daqui, oh vida!
Livra-me de toda desdita
Dessa guerra maldita
Das dores e das agruras
Dos gostos de amarguras
Do vício que arrasa
Da ignorância que atrasa
Da ilusão deprimente
Das amarras da mente
Do ego pomposo no altar
Daqueles que estão a me assaltar
Das mortes calculadas nas tramas
Das negociatas, dos lodos, das lamas
Do prato servido sem pão
Do vazio de cada mão
Do açoite em quem labora
Das trapaças desta hora
Da mordaça a quem grita
Da falta da fé bendita
Liberta-me daqui, oh vida!