Melancolia...

Ponto Final “reticenciado”. Chapter End.

Eu aqui, continuando sem saber para onde ir, e nem sei para onde ou para quem vou escrever. Apenas sigo a minha pluralidade singularmente reticenciada. Por apenas alguns milésimos de segundos, consigo experimentar expectativas novas sem ao menos pular de galho em galho até chegar à superfície dos meus sentidos comuns.

 

Sentimos no fundo da alma a sede de amar e ser amado, algo que não temos simplesmente a consciência de que uma pessoa completamente apaixonada suporta todas as armadilhas do destino e conhece, no fundo, aquela sensação de felicidade e de saborear todas as purezas que a paixão nos é revelada em forma de carinho.

 

A sensação de satisfação pelos nossos amores nos eleva a lugares onde nos permite vislumbrar fatos e casos que nos são oferecidos em forma de gratificação. Tipo assim, são lugares em que nós descobrimos de olhos fechados, onde alcançamos os nossos objetivos satisfazendo o ser amado em nosso próprio amor.

 

Agimos num piscar de olhos e com isso, vemos o amor nascer de um simples olhar, como sendo a coisa mais linda de se ver, e aquela vista, tão bela e tão meiga, faz-nos abandonar toda a amargura que estava guardada em cadeados reforçados e simplesmente são rompidos através de um toque suave e afável.

 

As doses de paixão são necessárias para desobstruir todas as defesas de um ser que, supostamente, se bloqueou por conta de ataques severos de algum coração que não tinha intenção nenhuma de fazê-lo feliz, e de também fazer morada dentro do castelo dos sonhos, de onde sairiam várias histórias de amor e belos casais apaixonados.

 

Distorcidos de um mundo cruel, onde a falta de amor prevalece em vários ambientes amorosos, estamos destinados a viver em um mar de lamentos, seguidos de despedidas e choros, onde poderíamos tornar aquele ambiente de penumbra, e substituir por momentos de ternura acaba se tornando cada vez mais distante e difícil.

 

E a cada momento que se passa, as possibilidades de nos tornarmos mais selados ficam fora de nossas mãos, onde os riscos são mais amortizados e a vontade de estarmos juntos é despedaçada pela força da ausência, e assim sendo, vão nos tirando o desejo de querer sempre mais o ser amado e nos atirando no precipício sem luz no final da lama.

 

E dentro dessa voracidade de tristezas, somos direcionados na sofreguidão e no acondicionamento da saudade. Se também, não sabendo como sair daquele calabouço, nos damos as mãos para poder receber as algemas do destino que, só quem poderá desprender de nós seria o coração da amada, ou daquela em que nos demonstra um amor verdadeiro.

 

E finalizando com um ponto final \"reticenciado\". (não consegui descobrir se existe no vocabulário).