DAN GUSTAVO

DOR DE POETA

Como explicar...?!
Como dói, e corrói ao mesmo tempo em que constrói...
Não se pode ou se quer evitar
E a solução é extravasar!
É a mesma dor que todo mundo deveras sente
É a dor desse próprio mundo sem remédio ou solução!
Dum peito ferido pela flecha dum cupido
Certeira em seu coração...!
Ou de um corte provocado pelo espinho d\'alguma paixão!
Ah... ó!
Mas não se preocupe, pois é uma dor de um \'fingi-dor\'!
Ainda assim uma dor, mas nem sempre seus \'ais\' são de sofrer!
É uma dor que parte do âmago... de um \'eu-lírico\'
E às vezes de seu estômago embrulhado em protesto
E podendo atingir, ou se compartilhar com um outro ser!
Que não sangra e não \'se estanca\' num caso de inspiração,
Escorrendo pela tinta com o que se \'discorre\' sobre um papel
Ou medida(escandida) na tela de um computador!
É um grito aflito, canto de felicidade que contagia tomando os ares em forma de amor...!
Ou desse mesmo amor se não correspondido a altura for!
Envolve lágrimas, suspiros, sussurros, faz ver estrelas, um luar, 
Provoca gemidos e arranca sorrisos!
É uma dos séc\'los e necessária...
Uma dor que desatina sem doer, de quem sofre num anonimato
ou tem seu clamor ouvido!
De quem tantas emoções tem vivido e não perde as forças para cantar ou escrever...!
Dor que se transforma em arte, bálsamo, cânfora, veneno antimonotonia...
Ferida num peito aberto, e que se irradia na forma dos versos que espalha!