Bernardo Pacheco

D\'onde eu vim

 

D’onde eu vim

 

Na Borda d’água eu nasci, e é de lá que eu venho

Da gente simples que sorri, e que tira da terra o seu sustento

Da Golegã ao Montijo, cavalos e touros, Ribatejo.

 

Terra amada em que eu cresci, na marcha ou trote sou feliz assim

Os toiros vairam a praça inteira, a tradição me faz castiço

E no Fado canto a minha alegria, ao ver o que me faz sorrir

Porque nesta terra da cortesia, cavalos, touros e Tejo eu vi

Nesta terra da cortesia, cavalos, touros e Tejo eu vi.

 

Barrete posto, vamos partir. Que hoje há tourada, e eu não me vou atrasar!

Vou gritar ao toiro p’ra vir, que dos meus braços não escapa.

 

E o meu cavalo espera por mim, nas manhãs frias de outono

E eu cá pra mim nunca encontrei

Um tão valente, e amigo quanto

E que cá pra mim... Nunca encontrei, um tão valente e amigo quanto!