Ashira Saiko

Saída de Emergência

As vezes a morte vem flertar
Suavemente a flutuar
Nos confusos pensamentos inflamar
Suas intenções frias aconchegar

Seus olhos gelados a encarar
No quarto escuro encurralar
Nas quinas nos móveis deslizar
Por entre o silêncio se esgueirar

A vida é um fardo pesado a carregar
Entre a lâmina e o fogo se equilibrar
Sorrisos amarelos para disfarçar
O peito vazio a sangrar

Por dentro um buraco a multiplicar 
Por fora uma bolha a sufocar
Muitos estão a lhe cobrar
Poucos conseguem se importar

Pitty sempre a de cantar
Que os pulsos devemos guardar
Para que quando o final chegar
A saída de emergência possa nos salvar 

 

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