Maximiliano Skol

DEVO ESTAR PERTO

Fui germinado a estar numa gaiola
Em minha encarnação aqui na Terra.
O meu destino então alguém controla
E o meu sofrer assim não se descerra.

Tão pequenino sou, meu ser se isola
Na própria pequenez em que me encerra.
Prisioneiro sou, sinto uma argola
Para o não livre-arbítrio que me aferra.

Mas, inquieto nalma, quis um dia
Desvendar na amplidão a liberdade;
Minhas asas repletas de energia

Adejaram num voo que a ingenuidade
Terminou por levar-me a ermo incerto...
Procurem-me, por Deus!... Devo estar perto.

Tangará da Serra, 04/05/2024