Juca Santos

Meu existir

Quando o homem que sou, desaba em prantos,

Meu sorriso se mostra a quem me ver

Pois minha\'alma partida em meu ser

Não desaba chorando pelos cantos.

 

Quando a vida me envolve em desencantos

Já não tenho um lugar pra lamentar 

Uma taça, uma mesa, balcão, bar 

Um abraço, lamentos, acalantos...

 

Já não tenho unguentos para os bantos

Já não há um lugar para fugir

Já não posso sair, matar, morrer

 

E não há dimensão para sumir

Já não caibo em mim, meu todo ser,

Transbordando na dor do existir.