Trago sinais que ela chegará
Sobrevoando este véu cinzento
Poluído pela fumaça, coberto pelo ar espesso
Sabe que não irei dizer nada sobre?
O silêncio é a chave, cadáveres não falam
Infelizmente, não tenho boas notícias
Sou somente um mensageiro para ti
Pequeno, amargurado pecador
O fruto de suas mentiras
Acompanhadas de seus fardos
Inacessíveis que mutilam tua alma
Quais serão as tuas últimas palavras?
Quais as desculpas que iria inventar?
Quem tu irias culpar? Sendo que o culpado é tu mesmo
Você realmente é você mesmo?
Mentindo continuamente
Se veja no espelho
Que agora está quebrado
Fragmentos, cada um é uma parte
Olhando para ti mesmo...
Sou você, mas não sou você?
Sou somente: “O Mensageiro”
Enviado por uma dama que veste preto
Todos a temem, pois dela não escapará
Aquela que está te olhando pelo reflexo da tua alma
Os mortos não falam, o corvo também não
Sua mensagem foi recebida
Estamos sem tempo...
O silêncio eterno te aguarda.