Carlos de Campos

O Inverno da alma

O Inverno da Alma

Sou a abundância em tempo de penúria
O manancial à disposição
A radiação do amor no momento da solidão
O eterno e finito com alguma razão.

A maldade que me habita
Que sonda a integridade
Sorvendo um a um dos pensamentos
Sucateando o pouco que restou de minha mente.

Não devo seguir a consciência
Sem antes cuidadosamente analisá-la
São tantas as divergências interiores
Que sou o que não gosto de ser.

A empolgação é superior ao medo do desconhecido
Em nenhuma verdade me fundamento
Só percorro o caminho recomendado.

Onde o sol nasce é exatamente onde estou
Quando o inverno chegar na gratidão quero estar
Ninguém está ligando para mais nada.

Carlos de Campos