O Inverno da Alma
Sou a abundância em tempo de penúria
O manancial à disposição
A radiação do amor no momento da solidão
O eterno e finito com alguma razão.
A maldade que me habita
Que sonda a integridade
Sorvendo um a um dos pensamentos
Sucateando o pouco que restou de minha mente.
Não devo seguir a consciência
Sem antes cuidadosamente analisá-la
São tantas as divergências interiores
Que sou o que não gosto de ser.
A empolgação é superior ao medo do desconhecido
Em nenhuma verdade me fundamento
Só percorro o caminho recomendado.
Onde o sol nasce é exatamente onde estou
Quando o inverno chegar na gratidão quero estar
Ninguém está ligando para mais nada.
Carlos de Campos