Se o papel pudesse expressar a dúvida que senti ao escrever isso,
Provavelmente teria ficado em branco por muito tempo
Mas irei deixar minha hesitação de lado por um momento
E vomitar as palavras entaladas em meu ser
Sou a sombra, a luz e a vítima da minha própria caverna platônica
Chame de egocentrismo ou de insegurança
Mas a delirante ideia que tudo me envolve
Parte o meu cérebro já fragmentado
Vou afundando na areia movediça dos meus pensamentos
Areia em um poço que cavei com minhas próprias mãos
Tantos outros com poços mais fundos
Talvez eu devesse parar de reclamar tanto
Aquele que se deita sobre a cama de pregos
Deve ter o direito de chorar de dor?