Charlie

A alegoria da culpa

Se o papel pudesse expressar a dúvida que senti ao escrever isso,

Provavelmente teria ficado em branco por muito tempo

Mas irei deixar minha hesitação de lado por um momento

E vomitar as palavras entaladas em meu ser

 

Sou a sombra, a luz e a vítima da minha própria caverna platônica

Chame de egocentrismo ou de insegurança

Mas a delirante ideia que tudo me envolve

Parte o meu cérebro já fragmentado 

 

Vou afundando na areia movediça dos meus pensamentos

Areia em um poço que cavei com minhas próprias mãos

Tantos outros com poços mais fundos 

 

Talvez eu devesse parar de reclamar tanto

Aquele que se  deita sobre a cama de pregos

Deve ter o direito de chorar de dor?