Zarif

A arte de ser ele

Ele estava adormecido e respirava calmamente, seguro de tudo ao seu redor que nos assusta e nos faz corroer tanto lá fora. Lá estava ele, nos meus braços. Seu coração batia num ritmo admirável de se escutar, como a melodia mais linda de um piano em um lar na tarde de um pôr do sol diante de um mar tão agitado. Mas tudo que importava era a melodia do piano ecoando pelo espaço seguro chamado de amado lar. A respiração dele era o motivo pelo qual a minha ainda tinha sentido nesse mundo tão vago. Éramos apenas nós, naquele silêncio cheio do nosso amor em cada molécula de oxigênio no ar ambiente daquele quarto. Eu o admirei enquanto ele estava de olhos fechados diante do meu olhar; era tudo que importava naquele momento, e é tudo que sempre vai importar para mim.