... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

MEU POBRE SONETO

Ele sussurra com uma dor sofrida

Que esmaecido chora na emoção

Tal a uma lágrima na falta sentida

Que bate forte o apertado coração

 

Ele canta com a sensação pendida

Dos urutaus, que cantando em vão

Entoam cantos de sisuda despedia

Soando saudade adentro do sertão

 

Um versar gemido e de melancolia

Que rola na trova com árida agonia

Com frios sentimentos superficiais

 

Meu pobre soneto, tão moribundo

Que quer arrebatamento profundo

E vive o sonho, que não volta mais.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

27 abril, 2024, 18’17” – Araguari, MG

*à amiga Lucineide S. Ghirelli

 

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