Michael pryer

Quando o vento sopra

Vontade de ser sozinho, em silêncio e calma,

A taça do vinho, vazia, sem brinde para a alma.

Não por falta de amigos ou de merecimento,

Mas pela necessidade de um tempo, de um momento.

 

Trocar o aconchego do ninho pela paz da madrugada,

Deixar para trás a festa, a agitação engarrafada.

A orquestra de sentimentos se desfaz, dá lugar ao violão,

Na solidão encontra-se a força, a introspecção.

 

Quando o vento sopra e as perguntas vêm à tona,

O eco do silêncio ressoa, em resposta que abandona.

Pois a solidão é uma ponte para um novo começo,

Onde o passado se desfaz, em um sopro, em um apreço.