Vontade de ser sozinho, em silêncio e calma,
A taça do vinho, vazia, sem brinde para a alma.
Não por falta de amigos ou de merecimento,
Mas pela necessidade de um tempo, de um momento.
Trocar o aconchego do ninho pela paz da madrugada,
Deixar para trás a festa, a agitação engarrafada.
A orquestra de sentimentos se desfaz, dá lugar ao violão,
Na solidão encontra-se a força, a introspecção.
Quando o vento sopra e as perguntas vêm à tona,
O eco do silêncio ressoa, em resposta que abandona.
Pois a solidão é uma ponte para um novo começo,
Onde o passado se desfaz, em um sopro, em um apreço.