Ah! amada minha.
Quem diria que os seus versos
pudessem ser pergaminhos
da minha busca de amores supranaturais
no qual se baseia a minha tese da existência?
Quem diria que a sua voz
pudesse ser o corro triunfal
da minha eterna devoção?
Quem diria que os meus pensamentos devastados
pelos ventos frágeis dos sentimentos humanos
pudessem acalmar-se em ti
num imaginar-te somente?
Quem diria…
Mas quem diria que as horas que passo contigo
são eternidades que passam num piscar de olhos
e quando estou sozinho comigo
é o piscar de olhos que se torna eternidade?
Quem diria…
Quem diria que o seu riso é meu sorriso
e suas lágrimas a minha crucificação
e que sua alegria é minha primavera em flores?