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Vlad Paganini

BORBOLETAS

BORBOLETAS

Dormito nas sensações ...
Névoas, auréolas, nimbos ...
A música, a harmonia, a sincronia,
A liturgia dos meus anseios ...
Em desejos desperto ... olho lá fora ...
Me vejo borboleta
Amarela, azul, verde, multicolorida
Voando bruma, voando pluma,
Voando ... voando ...
Colorindo o céu cerrado de brumas

Eu sou borboleta!
Há em minha essa tão especial leveza ...
Em asas que de Deus faz a minha fortaleza ...
Que por entre matagais só encontro prazer e alegria
No riachos, nos jardins num voo sem fim ...
Reatando o contato com a natureza ...

Voo no vento ...
No meu espírito ...
Nos meus versos ...
Na minha poesia ...
Solto voo nessa vida de Deus
Na certeza de ser o meu espaço
Na imensidão do tempo ...
E me transformo em borboletas

Eu sou essa lagarta que voa no teu íntimo
Que por entre meu voo te faz adormecer
Que se transformou em borboleta
Para que tu pudesses sonhar
Dormir por entre noites perfumadas
Acordar em manhãs frescas
Por ouvir em pensamentos
O batimento de minhas asas nas madrugadas
E a lembrar do meu corpo a se entregar no teu
Pra não esquecer jamais de minhas asas

Vlad Paganini