Magno Ferreira

Riacho

Olho para a minha aldeia

E a minha alma se aperreia,

Ao ver quem mais semeia

Sem pé, sem meia,

Na dor...

Nadando no que sobrou do riacho opressor,

Que arrasta tudo numa grande covardia.

Mas as abelhas me disseram que um dia

A gente entende que o riacho apronta,

E a gente é quem paga a conta.