... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SEMELHANTE

O cerrado, místico, denso e feiticeiro

Sinuoso, diversidade um repleto veio

Espinhento, áspero, e singular cheiro

De magia vai deixando o poetar cheio

 

Se a secura envolve o agreste roteiro

Embora seja, a chuva também é meio

Pancadas, carregadas, vento violeiro

Que canta nos buritis, vergado esteio:

 

Então, ora acinzentado, ora matizado

Teimoso e fagueiro, pincela o cerrado

Tudo converte, a quantidade aprouver

 

É semelhante ao cerrado o meu fado

Ora descorado, ora tinto, vou variado

E neste tom, irei onde mansidão tiver!

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

15 abril, 2024, 12’20” – Araguari, MG

 

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