DAMILIA
O amor que muda
O meu primeiro amor me deixou marcas profundas
e despertou em mim uma curiosidade,
uma curiosidade que eu queria desvendar.
Com o tempo, conheci ele e dediquei horas da minha vida por ele,
o seu carinho e atenção me deixava estonteante.
Era como uma criança que encontra seu super herói predileto.
Não faltava um sorriso no meu rosto
toda vez que eu lembrava da frase que me disse
-Gosto de você! Ele disse e eu,
desnorteada por essa paixão, deixei minha expressão
dizer o que eu sentia.
Óbvio que eu era uma criança aprendendo o que era amor.
Me joguei de cabeça nisso sem saber o que me aguardava
Costumam dizer que se mergulharmos em alguém e esse
ser for raso, nós nos quebramos.
Mas já tentaram mergulhar em um mar denso?
Um mar que te puxa para baixo e não te deixa subir para respirar,
um mar que te cega e te engasga pelo sal da água,
um mar que te humilha, assiste sua esperança desfalecendo
no meio da água.
O meu primeiro amor me viu no meu pior momento,
me auxiliou quando eu precisei, me fez rir e me fez feliz.
Mas ele aceitou sair com outro, ele disse sim.
Eu vi a cena
com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos,
um coração despedaçado e pulmões que já não sabiam
funcionar.
Essa foi a linda história de um primeiro amor findado ao fracasso.
Depois disso, eu nunca mais consegui entrar na água,
sem lembrar que se eu mergulhar muito fundo,
talvez eu não volte com vida para superfície.